sexta-feira

6-junho-2025 Ano 1

Torcedor ou cliente? O futebol cobra caro

O aumento do preço de ingressos e produtos oficiais tem afastado o torcedor de futebol da sua paixão.

Por João Vitor Nagai, Henrique Temperini, Luigi Rossi e Maurício Carmona

O que antes era conhecido como torcedor, hoje pode-se chamar de consumidor. Para frequentar as arquibancadas, comprar os ingressos em “arenas” — antes conhecidas como estádios —, comprar camisas oficiais do time e até colecionar figurinhas dos campeonatos, o brasileiro precisa botar a mão no bolso, sacar o cartão de crédito ou fazer o PIX e ainda assim vai faltar dinheiro. A paixão pelo futebol, que por décadas foi símbolo de inclusão e identidade popular no Brasil, enfrenta um processo acelerado de mercantilização que ameaça suas raízes culturais. A elitização escancara uma nova lógica no esporte: a transformação do torcedor em cliente.  

Mudanças no perfil do público nos estádios, aliadas à inacessibilidade de produtos oficiais, provocam um afastamento do torcedor tradicional, a grande maioria pertencente às classes populares. Modernização das arenas e os acordos com grandes marcas esportivas até geram receitas para os clubes, mas impõem barreiras financeiras que limitam o acesso e a participação de quem sempre esteve presente — o torcedor apaixonado, aquele que faz do futebol uma extensão de sua própria história. 

Diversas consequências estão presentes: queda no engajamento, aumento da pirataria, esvaziamento simbólico dos estádios e o surgimento de um ambiente cada vez mais homogêneo e distante da essência popular que consolidou o futebol como parte do imaginário coletivo brasileiro. A discussão que se impõe é profunda: o futebol brasileiro continuará a seguir um modelo voltado para o lucro em detrimento da cultura de arquibancada? Torcer custa caro? O futebol será capaz de encontrar um equilíbrio entre sustentabilidade financeira e inclusão popular? O futuro do esporte mais popular do país dependerá das respostas a essas perguntas. E, mais do que isso, da capacidade de recolocar o torcedor no centro da experiência futebolística. 

Do orgulho ao luxo 

Vestir a camisa do time é um dos gestos mais simbólicos da paixão pelo futebol. Mais do que uma peça de roupa, ela representa identidade, orgulho e pertencimento. O que antes era acessível para grande parte da torcida hoje virou um privilégio para poucos. Com preços cada vez mais altos, o sonho de ostentar as cores do clube se transforma, para muitos, em uma barreira financeira difícil de superar. 

Se antes um modelo de uniforme durava pelo menos duas temporadas, hoje os clubes e marcas esportivas lançam novas camisas a cada seis meses, com edições especiais, terceiras camisas, modelos comemorativos e colaborações exclusivas. Essa estratégia cria um ciclo de consumo constante, no qual o torcedor é estimulado a gastar cada vez mais para se manter atualizado. 

Em 2025, vestir a camisa do time do coração se tornou um luxo. As camisas oficiais dos 12 clubes mais populares do futebol brasileiro — conhecidos como G12 — podem variar de R$ 350 até R$ 400. Para quem deseja a versão “player”, idêntica à usada pelos atletas, o preço pode ser ainda mais salgado. Tais valores impactam o bolso do torcedor, dependendo da equipe. Uma veste oficial pode equivaler a 26% de um salário-mínimo brasileiro, que atualmente está fixado em R$ 1.518. Preços tão elevados contribuem para os recentes debates acerca da elitização do futebol e seu papel importante na exclusão social. 

Os clubes estabelecem acordos milionários com grandes marcas esportivas. Esses contratos garantem exclusividade na produção e distribuição das camisas, limitando a concorrência e permitindo que as fornecedoras estabeleçam preços elevados.

Marcas consideradas “elite” fornecem uniformes para quase todos os clubes do G12. Flamengo, Internacional, Cruzeiro e Atlético-MG são patrocinados pela Adidas, que, por sua vez, comercializa as vestes oficiais por R$ 400 — sendo consideradas as mais caras entre os clubes. Já a Umbro, patrocinadora de Santos, Grêmio e Fluminense, e a Puma, patrocinadora do Palmeiras, negociam suas camisas por R$ 370. As camisas mais baratas do G12 ficam por conta de São Paulo, Corinthians, Vasco e Botafogo, que, junto à New Balance, Nike, Kappa e Reebok, vendem suas camisas por R$ 350 (equivalente a 23% do piso salarial brasileiro). 

Antigamente as camisas de futebol eram mais acessíveis? 

Na edição nº 967, publicada em 16 de dezembro 1988, a revista Placar Mais (nome da Placar na época) fez uma reportagem sobre o preço e onde adquirir as camisas oficiais dos times brasileiros. É possível comparar a relação entre os custos dos uniformes com o salário-mínimo da época (valores de dezembro de 1988). 

Foto de uma coluna da Revista Placar, edição 0967 publicada em 16/12/1988. Indicando os preços e o onde adquirir as camisas de futebol de clubes brasileiros.
Coluna da Revista Placar, edição 0967. Foto: Reprodução/Reddit

Alguns clubes do G12 possuíam a mesma fornecedora de materiais esportivos, porém, diferente dos dias atuais, não existia uma padronização dos preços. Por exemplo, a camisa do Cruzeiro era a mais cara entre os 12 clubes, custando 12.900 cruzados, já a do São Paulo era a mais barata, valia 3.000 cruzados, embora ambos os clubes fossem patrocinados pela Adidas. 

Já o salário-mínimo brasileiro sofreu diversas alterações durante o ano de 1988, afetando constantemente o poder de compra, mas em dezembro foi fixado em Cz$ 40.425.

Em São Paulo, o torcedor do Palmeiras precisava desembolsar Cz$ 10.000, o equivalente a 24,74% do salário-mínimo. Já o Corinthians comercializava o uniforme por Cz$ 7.000, 17,32%. O São Paulo vendia suas camisas por Cz$ 3.000, apenas 7,42% do salário. O Santos oferecia as vestes por Cz$ 8.600 ou 21,27%

Entre os clubes cariocas, as camisas de Flamengo e Vasco eram encontradas por Cz$ 11.000, equivalendo a 27,22% do salário-mínimo. O uniforme do Fluminense poderia ser adquirido por Cz$ 10.900, 26,97%. Já as vestes do Botafogo eram vendidas por Cz$ 9.900 cruzados, o equivalente a 24,50% do piso salarial. 

No Sul, a camisa de Grêmio e Internacional valiam, respectivamente, Cz$ 8.500 e Cz$ 9.000. O torcedor tricolor desembolsava 21,03% de seu salário-mínimo, já o torcedor colorado, 22,26%

Por fim, em Minas Gerais, o Atlético Mineiro comercializava o uniforme por Cz$ 9.000, 22,26%. E o Cruzeiro, dono da camisa mais cara em 1988, vendia por Cz$ 12.900, o equivalente a 31,91% do salário-mínimo. 

O impacto dos preços para o torcedor 

O alto preço das camisas de futebol tem um impacto direto na relação dos torcedores com seus clubes. A inacessibilidade desses produtos pode gerar um sentimento de exclusão, especialmente entre as classes mais baixas. Muitos torcedores são obrigados a recorrer a réplicas não oficiais ou até mesmo desistir de adquirir os uniformes. 

Essa realidade contribui para um processo de elitização do futebol, onde apenas um segmento da torcida consegue consumir os produtos oficiais. Isso afeta não apenas o engajamento do torcedor, mas também a presença nos estádios e eventos do clube, diminuindo a identificação com a equipe. 

Outro impacto relevante é a proliferação do mercado paralelo de camisas falsificadas. Essas peças acabam sendo a alternativa viável para grande parte da torcida. No entanto, esse mercado não gera receita para os clubes, reduzindo os recursos provenientes da venda de produtos licenciados. 

Camisas do São Paulo Futebol Clube sobre uma lona azul, nos arredores do estádio do Morumbis. Em volta barracas de comidas e grande movimentação de torcedores e vendedores.
Camelôs vendendo camisas do São Paulo ao redor do estádio antes do jogo. Foto: João Vitor Nagai/Agenzia

O torcedor comum sente o baque, mas os colecionadores de uniformes sofrem ainda mais. “Apesar de ter começado a minha coleção um pouco mais velho, a minha primeira camisa foi um presente do meu avô, que comprou a camisa e me deu de presente quando eu estava internado no hospital, por conta de uma cirurgia que tinha feito. É a camisa preta do Botafogo, com o patrocínio 7up, de 1995”, afirma Thiago Santos. Em seu acervo, constam mais de 90 camisas do time carioca.  “As camisas ficaram muito mais caras, se tornando inviável para muitos manter o hobby do colecionismo. Isso depende muito também do foco da coleção da pessoa.” 

Para o botafoguense Thiago, a solução seria popularizar a camisa dos clubes. “Temos exemplos interessantes vindo dos fornecedores, marcas próprias e campanhas dos clubes do Nordeste para o uso de produtos oficiais. O Bahia tem uma linha mais em conta, para uso da galera que não tem 300, 400 (reais) para pagar numa camisa original”, conta. 

As camisas casuais podem ser encontradas, muitas vezes, por menos de R$ 150. Esse tipo de peça não é a mesma que os jogadores utilizam em campo, mas contêm o escudo ou algo que remeta ao clube.  

O colecionador Thiago diz não acreditar que a camisa cara afaste o torcedor que não consegue comprar o produto original. “O torcedor compra na Shopee e é praticamente idêntica. O que afasta mais o torcedor é ele não conseguir ir ao estádio.  

Das arquibancadas ao camarote 

Historicamente, o futebol sempre foi um espaço do povo. Era comum, para os mais velhos, em uma tarde de domingo, decidir ir a um jogo de futebol com seus amigos para se divertir. Os estádios eram mais urbanos, não havia luxo, incomum era encontrar uma cadeira, o conforto era raro, mas nada disso estragava a festa. O que importava naquele momento era o ambiente. O clássico lanche de pernil era acessível, custando entre R$ 3 e R$ 6. Hoje, sai em média R$ 27. Os baixos preços tornavam prazeroso ir aos estádios, encostar no alambrado para vibrar com os jogadores perto, cantar junto à organizada — esses pequenos rituais eram considerados mágicos. 
 
“O público que frequenta os estádios de futebol hoje é diferente, em geral menos acessível do que no passado. Acho que o maior motivo é a modernização e o aumento dos preços dos ingressos. Eu acho bom ter as arenas mais modernizadas porque trazem mais segurança e mais capital para o clube, só que o preço fica muito alto. Pessoas de baixa renda são prejudicadas”, afirma Paulo Ricardo Pereira, torcedor do Flamengo. “Para mim, os preços estão muito inacessíveis; os clubes têm que trabalhar em equilíbrio. Porém, com o passar dos anos, junto à inflação, o ambiente futebolístico também foi afetado. O cenário mudou. O ambiente popular se transformou.”  

Victor Oliveira, torcedor do Atlético-MG, critica a mudança do público nos estádios: 

“Com o aumento dos preços veio uma grande elitização da arquibancada também. Percebe-se que, em jogos com preços mais elevados do que a média, a torcida “base” é extremamente mais quieta, o que prejudica o maior desempenho que o time é capaz de fazer em casa. Neste âmbito, as torcidas organizadas ajudam demais no clima do estádio, se tornando imprescindíveis”, diz o torcedor do galo. 

O futebol cresceu e, com isso, surgiu a demanda por reformas estruturais. Vieram as arenas, estruturas novas e tecnológicas, com padrão internacional. Acompanhando essas mudanças, chegaram os ingressos caros, os planos de fidelidade e uma lógica mais próxima do consumo. Até o mítico alambrado foi retirado. O simples torcedor, que antes tinha a oportunidade de acompanhar sua maior paixão de perto, foi obrigado a se distanciar. 

O torcedor corinthiano fanático e colecionador de ingressos Anderson Adriano comentou sobre as novas dinâmicas para acompanhar o Corinthians em dia de jogos: “Com a chegada do Fiel Torcedor, ficou difícil para o Coringão ‘chinelo de dedo’ ir aos jogos naquela arena. Hoje, o torcedor comum tem uma única maneira de ir aos jogos: ficando sócio de alguma organizada. Mas isso não dá o direito de ter seu ingresso garantido, já que é preciso ter uma frequência de jogos para isso”. 

Os ingressos eram mais baratos antigamente? 

A Agenzia realizou uma pesquisa sobre os valores dos ingressos nas finais do Brasileirão de 1994, disputadas por Palmeiras e Corinthians no tradicional Estádio do Pacaembu (hoje Mercado Livre Arena Pacaembu). Nos dois jogos da decisão, os preços dos ingressos foram os mesmos, variando de setor para setor: as arquibancadas custavam R$ 10, as cadeiras descobertas, R$ 15, e as cadeiras cobertas, R$ 20. 

Em uma nova final entre Palmeiras e Corinthians, válida pelo Campeonato Paulista de 2025 e realizada no Allianz Parque — estádio do Verdão —, os preços assustam até quem não é torcedor. Para assistir à decisão, o torcedor se deparava com ingressos que variavam de R$ 240, no setor Gol Norte, até R$ 500, no setor Central Oeste. A entrada mais barata é quase 24 vezes maior que o ingresso de 1994. 

A era das figurinhas douradas 

Os álbuns de figurinhas, especialmente os lançados em grandes eventos como a Copa do Mundo, conquistaram gerações e despertam muita paixão no público de todas as idades. Para muitos, completar um álbum é mais do que um passatempo: é uma tradição carregada de memória afetiva. No entanto, quem acompanha essa tradição percebeu que o preço dos pacotes subiu muito.  

Dois álbuns de figurinhas da Copa do Mundo da FIFA — um da edição de 2014 no Brasil e outro da edição de 2018 na Rússia — estão sobre uma mesa branca rendada. Algumas figurinhas estão espalhadas ao redor, com destaque para os jogadores Bruno Fernandes (Portugal), Lucas Torreira (Uruguai), Yussuf Poulsen (Dinamarca), um escudo da seleção do México e a equipe da seleção de Senegal.
Álbuns de figurinhas oficiais da Copa do Mundo da FIFA 2014 (Brasil) e 2018 (Rússia), com algumas figurinhas soltas sobre a mesa. Foto: João Vitor Nagai/Agenzia

Em 2002, um pacotinho custava apenas R$ 0,50, um valor bastante acessível para a maioria das crianças e jovens. Já em 2022, o valor cobrado foi de R$ 4 por pacote, um aumento de 700% em duas décadas; o que acabou tornando o hobby mais caro e seletivo.  

A Agenzia entrevistou Leo Figurinheiro, colecionador de figurinhas, e indagou sua opinião sobre esse aumento significativo nos pacotes. Em resposta, o colecionador questiona o aumento de 400% no preço dos pacotes de figurinhas entre 2014 e 2022, destacando que esse crescimento supera tanto a inflação oficial quanto o rendimento de investimentos comuns no mesmo período. 

“Concordo que está ficando cada vez mais caro; porém, não enxergo como menos acessível. Pode até parecer contraditório”, afirma Leo Figurinheiro. Segundo ele, a comunidade de colecionadores encontrou maneiras criativas de contornar os altos preços, como trocas de figurinhas, pedidos em sites, compras de colecionadores ou vendedores. O colecionador afirma também: “Não é vergonha ter álbum incompleto, façam até onde conseguir. Se você comprar o álbum brochura que é mais barato e ao longo da coleção conseguir 10 envelopes, você terá 50 figurinhas no álbum”. 

Para quem vive essa paixão, cada página completa carrega lembranças, histórias e até cheiros e sons de um tempo que não volta mais. Tem gente que lembra da família ajudando sempre que possível, ou dos amigos reunidos no recreio com maços de figurinhas repetidas na mão. Leo Figurinheiro coleciona álbuns por paixão, guiado por critérios sentimentais, históricos e financeiros. Alguns álbuns não têm valor de mercado, mas são inestimáveis emocionalmente; outros são guardados como investimento. 

Os álbuns de Copa do Mundo carregam histórias sobre a evolução das seleções, das cidades que sediaram os eventos, dos patrocinadores e até dos próprios jogadores. Com o passar dos anos, muitos colecionadores começam a ver seus álbuns não apenas como uma coleção, mas como um arquivo pessoal e cultural. Eles representam histórias de superação, mudança e o próprio avanço da sociedade. 

A origem do “futebol lucro” 

A transformação do futebol brasileiro em um produto de mercado não é recente, mas se intensificou a partir da década de 1990, impulsionada pela globalização e consolidação do ideário neoliberal no cenário mundial. 

Um marco importante desse processo foi a criação da Premier League, na Inglaterra, em 1992. Os clubes ingleses decidiram se separar da antiga Football League e fundaram uma nova liga com foco na maximização de receitas, impulsionando direitos de transmissão e patrocínios. O modelo britânico se tornou referência mundial e inspirou outros países, inclusive o Brasil, a seguir um caminho semelhante, com arenas modernas, ingressos caros e uma lógica empresarial. 

No Brasil, a Lei Pelé, sancionada em 1998, foi um divisor de águas ao permitir que os clubes adotassem práticas empresariais, priorizando receitas, patrocínios e acordos comerciais. Mais recente, a criação das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) consolidou esse movimento, permitindo a entrada de investidores privados com foco em lucro. Clubes tradicionais como Botafogo, Vasco, Cruzeiro, Bahia e Atlético-MG já aderiram a esse modelo, consolidando a mercantilização do futebol nacional. 

A elitização das arquibancadas brasileiras 

A lógica por trás da elitização é simples: clubes e administradoras veem nos ingressos caros, nos camarotes, nos serviços VIP e nos caros produtos oficiais uma fonte de receita mais previsível. No entanto, o impacto social é profundo, tornando inviável para muitas famílias manterem o hábito de acompanhar seu time do coração no estádio. Resultado: a atmosfera dos jogos, que antes era vibrante e pulsante, hoje se torna cada vez mais parecida com a de um teatro. 

Esse processo levanta questões urgentes sobre o futuro do futebol como expressão cultural e popular. Até que ponto a busca por lucro pode coexistir com a preservação da alma do esporte? 

“Vamos dizer que o público ficou mais elitizado, não é mais povão igual era antes. Hoje, para uma pessoa ir ao estádio, ela tem que ter dinheiro, e não é qualquer um que consegue tirar 100 reais do salário para ir aos jogos. Acredito que está vindo uma safra boa de torcedores que vai representar muito bem, mas, claro, que a tendência dos torcedores “Nutella” crescer é gigante. Não apenas no Corinthians”, diz Vinicius Ramos, torcedor comum do Corinthians. 

Quem também pontua a mudança de público nos estádios é Thiago de Souza, membro da Torcida Organizada Mancha Alviverde do Palmeiras: 

 “Hoje o público está elitizado. É um público que não vibra como antes. Hoje é normal você ver torcedor, durante o jogo, mexendo no celular, dando atenção a coisas supérfluas e deixando de apoiar a Sociedade Esportiva Palmeiras. Os preços dos ingressos estão muito altos. Cada vez mais, o público no geral está esfriando na arquibancada. O que salva são as torcidas organizadas, que sempre continuarão vibrando na bancada. As organizadas dão acesso e oportunidade para pessoas de baixa renda conhecerem o estádio.” 

Finaliza o atleticano, Victor Oliveira:

“A tendência é o público no estádio ser cada vez mais elitista, já que os preços não param de subir. Com os preços assim, a única forma de lotar um estádio seria em um grande jogo ou, então, caso o time esteja em uma grande fase e disputando títulos.”

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João Vitor Nagai, Henrique Temperini, Luigi Rossi e Maurício Carmona.

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